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20/03/2016

# Dica de Leitura # 43

Título: Memórias Póstumas de Brás Cubas
Autor: Machado de Assis
Número de páginas: 209
Ano: 2004
Editora: Gold

O livro é uma autobiografia de um defunto-autor, Brás Cubas, um morto que escreve suas memórias póstumas. Com a narração em primeira pessoa, a história não possui ordem cronológica e é contada partindo do relato do protagonista, que conduz o leitor aos bastidores da sociedade carioca do século XIX. 

A dedicatória do romance já evidencia o caráter impactante da obra: 


“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas”.

Brás Cubas vinha de uma família rica. Era um menino arteiro, mimado e protegido pelos pais. O garoto tinha como “brinquedo” de estimação o negrinho Prudêncio, que lhe servia de montaria e para maus-tratos em geral. Na escola, Brás era amigo de traquinagem de Quincas Borba. Na juventude, apaixona-se por Marcela a quem dedica a célebre frase: 


“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”. 

Seu pai, para dar um basta à situação, toma a resolução mais comum para as classes ricas da época: manda o filho para Coimbra fazer faculdade. Brás Cubas, no entanto, segue contrariado para a universidade, pois Marcela não vai com ele, como combinado. Com o diploma nas mãos e total inaptidão para o trabalho, ele retorna ao Brasil e segue sua existência parasitária, gozando dos privilégios dos bem-nascidos do país. Em certo momento da narrativa, Brás Cubas tem seu segundo e mais duradouro amor: Virgília. Acaba, porém, perdendo a chance de casar-se com ela, pois envolve-se com Eugênia, a linda moça... coxa. Virgília casa-se então com Lobo Neves, o que não a impede de viver um romance proibido com Brás.

Entre idas e vindas, o autor relata que, enquanto inventava o "Emplasto Brás Cubas", um medicamento extraordinário que curaria a melancolia da humanidade, adoece devido à pneumonia e vem a óbito. Ele desqualifica o sentido da vida e vangloria-se por não ter dado continuidade à humanidade.

Ao realçar o vazio da vida de um protagonista fútil, o autor rompe com o padrão romântico das obras da época. Caracterizado por ser bastante enigmático, Machado de Assis é capaz de desmascarar, investigar, denunciar, descobrir o mundo da alma, rir da sociedade e expor as características mais complexas do ser humano, olhando para o passado e para o futuro ao mesmo tempo e, sem dúvida, utiliza-se de todas as suas artimanhas na produção desta incrível obra.

Eu gosto muito das obras do Machadão hahaha e com certeza indico esta obra a todos. Talvez nem todos gostem ou entendam, mas a excelência com que a obra é escrita merece ser apreciada e lida por todos. Eu particularmente, ainda prefiro Dom Casmurro, pois a leitura de certos capítulos desse livro, foi um pouco cansativa, apesar da obra em geral ser muito boa.


Memórias Póstumas de Brás Cubas não ficou restrita apenas em livros, André Klotzel, baseado na obra machadiana levou as aventuras e desventuras de Brás Cubas aos telões, criando uma comédia dramática. Posso dizer que de todos os livros que li e assisti a respectiva adaptação cinematográfica, esse foi, sem dúvida, a que mais me chamou a atenção, por apresentar fidelidade a uma obra tão complexa quanto essa.


CLASSIFICAÇÃO:

MUITO BOM!


13/03/2016

# Lidos em Janeiro e Fevereiro

Olá pessoal!

Hoje resolvi fazer um post sobre os livros que eu li nos meses de Janeiro e Fevereiro. Não foram muitos, mas foi o que eu consegui rs'

Segue os livros com sua respectiva classificação:

 







De todos os livros lidos, o melhor em minha opinião, foi Filho das Sombras de Juliet Marillier, publicado no Brasil pela Editora Butterlfly.

E, não diria, o pior, mas sim o mais fraco, foi Serraria Baixo-Astral de Lemony Snicket, publicado no Brasil pela Editora Companhia das Letras (Seguinte).

Vocês já leram algum desses? Comentem suas opiniões nos comentários!

Beijos literários!